quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Bangkok, sua sujinha!


Não sei se é porque eu ainda estou sem trabalhar se é porque fiquei um mês lavando roupa, ou se é mania de limpeza mesmo, mas uma das coisas que Bangkok tem e que eu não gosto é a sujeira.

O lixo fica em sacos no meio da calçada. E aí já viu né? Os ratos saem dos esconderijos e se fartam no meio do dia com milhares de pessoas passando ao redor deles. É horrível.  Na real tenho medo de que algum rato fique bravo porque estou passando perto demais e venha me morder e me arranhar. A gente fica prensado na calçada entre as barraquinhas, os ratos e o lixo e o trânsito. Pro resto do povo a vida continua... Eles montam as barraquinhas de  comida, todo mundo come e os ratos também. Pra garantir que os ratos não cheguem perto a maioria dos ambulantes tem sempre um cachorro embaixo da barraquinha.


                          Ratos fugindo da enchente


E dá medo dos cachorros também. Nunca vi tanto cachorro na rua. No dia primeiro de janeiro saí pra comprar pão, eu e um cachorro de rua nos assustamos um com o outro e acabou com eu correndo dele. Olha que tentei brigar com ele pra ele não correr atrás de mim. Voltei pra casa sem pão e muito assustada. heheheheh

Outra coisa super esquisita é que os tailandeses não separam o lixo - tá bom, isso não é esquisito - mas eles não separam o lixo em casa. Mas na hora em que o caminhão de lixo chega nos saquinhos de lixo na calçada o caminhão para e os garis abrem o saco e separam tudo. Não era melhor separar em casa minha gente? Mas vai entender. Já tentei convencer a Pooh, nossa maid, a separar, mas não adiantou.

É nojento e causa doenças!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O perigo e o prazer

     Aqui neste país somos todos os dias confrontados pela dualidade perigo e prazer. Não é que tudo que dá prazer é perigoso - vide a delícia e assepsia que é ir no Jin Tae Fung - nem é que tudo que é perigoso dá prazer.

     Mas todos os dias quando saio de casa a primeira coisa que tem fora do meu prédio é uma sequência de churrasquinhos na calçada assando e vendendo os mais diversos tipos de carne. Sou confrontada por um como ou não como todos os dias. Sempre olho aquele espetinho de coração de frango, aquele rabo de porco pururucado.... E não como. Até hoje não. Ainda mais agora que mesmo sem comer na rua - não estou falando de restaurantes propriamente ditos, estou falando de barraquinhas de rua - tive uma infecção bacteriana que me deu um piriri de 5 dias. O grande negócio é observar a "limpeza"do lugar, claro que com critérios bem mais frouxos do que os que a mamãe ensinou - e ter coragem. Normalmente comida de rua é bem gostoso.

     Mudando um pouco de assunto, tem outra prática muito comum por aqui  - ainda perigosa e prazerosa - que eu adoro, mas também é preciso saber julgar o nível de risco. Hoje fui ao mercado e comprei poucas coisas. Saí do mercado e pensei: Ai que preguiça de andar carregando sacola até em  casa. Resolvi pegar um moto-táxi. Adoro andar de moto-táxi aqui, você corta o trânsito, descobre outras ruelas e ainda tem um ventinho gostoso no rosto pra ajudar a refrescar. Mas é bem perigoso. Primeiro porque o trânsito é como o de Sampa, e quem já andou de moto em Sampa sabe do perigo do qual estou falando. Segundo porque na Tailândia o capacete não é obrigatório, ou seja, nenhum moto-táxi tem capacete para o passageiro. Terceiro que os tailandeses não estão acostumados ao toque, ou seja, não pode agarrar o motociclista e ir, tem que segurar na própria moto. Pra minha mãe não ficar preocupada, vou logo dizendo que só pego moto-táxi quando estou perto de casa e sei que tem um caminho por alguma ruela e que o cara não vai conseguir andar a muito mais do que 40km/h. Pois hoje montei na moto e vim com bolsa, sacola de mercado e nenhuma vergonha de montar na moto como homem. Isso porque as mulheres tailandesas andam mesmo é sentadas de ladinho. Mas isso pra mim ainda é bem impossível.

     Mas pra falar de prazer sem perigo, estou bem feliz agora acabei de comer comida tailandesa em casa. Finalmente arrumei uma empregada, e nesses últimos três dias já estava bem feliz com a limpeza e a simpatia dela, mas depois que ela cozinhou, agora estou nas nuvens. Que comida deliciosa! E nada melhor que curtir o melhor deste país sem risco nenhum!